Após reflexão e motivado por uma elaborada crítica ao método de avaliação por um estudante, faço a seguinte mudança no formato do exame final:
Quem quiser poderá trazer material de consulta, como fichamento dos textos e rascunhos de respostas às perguntas. Não serão permitidas consultas aos textos.
Por favor, distribuam a informação entre vocês. Repassei por correio eletrônicos aos grupos das turmas, mas imagino que haja pessoas de fora.
Leituras, informações e curiosidades voltadas aos estudantes do curso de Ciência Política (Jornalismo) da Faculdade Cásper Líbero.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Exame final: segunda leva de perguntas
Segue a segunda lista de perguntas para o exame final. No dia 10, serão selecionadas quatro das vinte perguntas para a prova. Bons estudos!
Sobre cada um dos pares de visões
teóricas alternativas (perguntas 1 a 4), (a) apresente de modo
sucinto os argumentos centrais de cada alternativa teórica; (b)
discuta semelhanças e diferenças entre as alternativas; (c)
brevemente argumente a favor da alternativa que lhe parecer mais
apropriada (ou as duas, se achar que ambas são válidas), destacando
de que modo contribuem para explicar fenômenos sociais e políticos
recentes.
11. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a noção de sujeito na teoria de Simone de
Beauvoir e na da teoria das bases materiais da desigualdade de gênero
(textos de referência de Saffioti e Kergoat).
12. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a desigualdade de gênero em relação a
outras formas de opressão na teoria de Simone de Beauvoir e a visão
intersecional das dinâmicas de opressão (textos de referência de
Kerner e Wright).
13. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a cidadania concedida (texto de referência
de Sales) e o processo de descidadanização (texto de referência de
Kowarick).
14. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a consolidação do governo petista a partir
de uma nova classe de gerenciamento do capitalismo global (texto de
referência de Oliveira) e o realinhamento eleitoral a partir da
estrutura de classe, em especial o subproletariado (texto de
referência de Singer).
15. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a burocracia na perspectiva weberiana e na
perspectiva gerencial (texto de referência de Bresser-Pereira).
16. Considere o seguinte par de visões
teóricas alternativas: a política como vocação (texto de
referência de Weber) e o quinto poder (texto de referência de
Ianoni).
17. Conforme o "ranking" de
"Abismo de Gênero" do Fórum Econômico Mundial (2014), o
Brasil ocupa a 71ª posição, numa tabela com 142 países. O
relatório ainda projeta que, caso se mantenha a trajetória mundial,
a igualdade entre homens e mulheres no mundo será alcançada apenas
em 2095. De acordo com o vice-presidente do Departamento de
Redução da Pobreza e Gestão Econômica do Banco Mundial, “Além
de moralmente condenável, manter a desigualdade de gênero é uma
estupidez econômica”, pois, “O crescimento econômico de um país
pode ser maior se for acompanhado de políticas de eliminação das
desigualdades de gênero”, afirmou Otaviano Canuto.
Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo
(1949) escreveu que: "não se nasce mulher, torna-se mulher".
Expressou, assim, a ideia básica do feminismo: a desnaturalização
do ser mulher. Numa mesma linha interpretativa, para a pesquisadora
brasileira Heleieth Saffioti, as características naturais, sexo e
raça, atuam como mecanismos de desvantagem no processo competitivo,
sendo conveniente para conservar a estrutura de classes, existindo um
nó que amarra classe, gênero e raça e que constrói as dinâmicas
de desigualdade na sociedade contemporânea.
Em que medida a emancipação
econômica feminina seria suficiente, ou não, para libertar a mulher
dos preconceitos que a discriminam socialmente, à luz das teorias de
Beauvoir, Saffioti e Kergoat?
18. Quem fiscaliza o poder? A mesma
pergunta é pertinente para a definição de Estado em Weber e de
quarto poder em Ianoni. (a) Em que medida o Estado e a mídia
precisam ser fiscalizadas, de acordo com esses autores?; (b) o que
cada um deles sugere como mecanismo de fiscalização?; e (c) em que
medida essas sugestões se assemelham e diferenciam (por exemplo, a
configuração democrática das propostas)?
19. A defesa do Estado é um elemento
central da cultura política brasileira, de acordo com Alberto Carlos
Almeida. (a) Defina o Estado na perspectiva de Bobbio; (b) apresente
e problematize a partir dessa perspectiva aquilo que o brasileiro
parece defender na forma do Estado; (c) identifique a partir da
leitura de Bresser-Pereira pontos negativos na atuação do Estado e
possíveis soluções a esses pontos negativos.
20. Sales e Kowarick apresentam de
forma distinta a origem do problema social brasileiro. Ela remonta ao
período colonial e à experiência escravagista para explicar o
funcionamento da vida em sociedade no Brasil. Sem refutar o argumento
histórico de Sales, ele põe o foco nas dinâmicas da formação do
capitalismo, em que a modalidade de inclusão, falha e incompleta,
fez com que a experiência social se tornasse a do “viver em
risco”. Reconstrua em detalhe o argumento e as evidências desses
autores. Apresente a relação desses textos mais densos com a
análise mais conjuntural das eleições recentes (Singer) e da
cultura política brasileira (Almeida). Discuta no escopo do
argumento de Kowarick e Sales possíveis direções para resolver a
questão social brasileira.
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