sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Exame final


Há pelo menos duas motivações relacionadas ao exame final. A primeira é obviamente dar uma oportunidade de recuperação aos/às estudantes que não atingiram sete de média no agregado dos quatro bimestres. Pelo que entendo, a nota que tirarem no exame final é somada à do agregado dos quatro bimestres e esta soma é então dividida por dois. Se o resultado for igual ou superior a seis, vocês são aprovados/as na disciplina. Para maiores informações, verifiquem o “Manual do Aluno”, disponível no site da faculdade.

A segunda motivação diz respeito à oportunidade que lhes é oferecida de aprofundar o conhecimento específico dessa matéria, num período especial, em que colocam novo alento e têm tempo para canalizar mais esforços no conteúdo abordado. Para o exame final, a expectativa é então que consigam dedicar-se e a expectativa dessa dedicação é base do que será cobrado.

Nessa consideração, o exame é parte corrente do processo de avaliação na Faculdade Cásper Líbero.

O exame final da disciplina de Ciência Política no curso de Jornalismo cobre o material visto durante o ano letivo de 2016. Haverá: quatro perguntas teóricas, todas relacionadas aos textos vistos em aula e listados abaixo; duas análises de dados relacionadas à política -- de acordo com o nível do material abordado nos segundo e terceiro bimestres; e quatro questões sobre artigos recentes de política, baseadas em leituras novas.

Os textos já vistos em sala de aula que caem na prova são:

* Marx, Karl; Engels, Friedrich. "Burgueses e proletários” e “Proletários e comunistas”, Manifesto Comunista (Boitempo, 1998), p. 41-59.
Cardoso, Fernando Henrique. "O regime político brasileiro." Estudos Cebrap 2 (1972).
* Therborn, Göran. "Os campos de extermínio da desigualdade." Novos estudos-CEBRAP 87 (2010): 145-156.
* Singer, André. "Raízes sociais e ideológicas do lulismo." Novos estudos-CEBRAP 85 (2009): 83-102.

Os textos podem ser recuperados a partir do blog do curso: http://cienciapoliticaparajornalistas.blogspot.com.br/ . Se algum material estiver indisponível, avise-me por favor o quanto antes; é responsabilidade do/a estudante conseguir acesso aos textos e avisar-me se não estiverem mais disponíveis no blog.

Os textos recentes de política na mídia são:
-- Antunes, Ricardo. "A devastação do trabalho na contrarrevolução de Temer" Le Monde Diplomatique. Disponível em: http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=2182
-- Barros, Celso. "O giro do PSDB no espectro político e o deslocamento do PT" Folha de S.Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/09/1680458-o-giro-do-psdb-no-espectro-politico-e-o-deslocamento-do-pt.shtml
-- Braga, Ruy. "Contornos do pós-lulismo." CULT. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/10/contornos-do-pos-lulismo/
-- Bucci, Eugênio. "O que dizer agora?" Estado de S.Paulo. Disponível em: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-que-dizer-agora,1738956
-- Martins, José de Souza. "Rótulo em branco: a esquerda não tem tentado traduzir em teoria a realidade do País, diz sociólogo" Estado de São Paulo. Disponível em: http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,rotulo-em-branco-a-esquerda-nao-tem-tentado-traduzir-em-teoria-a-realidade-do-pais-diz-sociologo,10000090744
-- Soares, Luiz Eduardo. "Esquerda deve aliar projeto libertário a enfrentamento de desigualdades" Folha de S.Paulo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2016/11/1835782-esquerda-deve-aliar-projeto-libertario-a-enfrentamento-de-desigualdades.shtml

A princípio todas as questões serão de múltipla escolha, menos duas. Cada questão terá o mesmo valor: um ponto. A prova será individual e sem consulta, no dia previsto para o exame. 

A melhor estratégia de estudo é fazer bons fichamentos dos argumentos principais dos autores. Recomendo a formação de grupos de estudo. As questões seguirão o estilo com o qual trabalhamos no decorrer do ano.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Conflito de horário

Pessoal,
Por uma confusão no agendamento de bancas de TCC, fui confirmado numa atividade no nosso horário de aula, na quarta à noite, no segundo horário. Vou postar as notas amanhã e, para quem quiser falar comigo, poderá me achar no primeiro horário ou no intervalo. Não haverá chamada.
Desculpem o aviso em cima da hora.
João

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Treinamento avançado de edição na Wikipédia

Olá, pessoal. Pensei que alguns de vocês se interessarão por esse treinamento, já que estão agora bastante familiarizados com essa tecnologia. Abraços!

Nos dias 12, 13 e 15 de dezembro, a equipe de difusão do CEPID NeuroMat, na USP, vai oferecer um treinamento avançado de Wikipédia e outros projetos Wikimedia. Vão participar os integrantes da equipe de difusão do CEPID NeuroMat e há lugar para até dez convidados externos. A iniciativa é liderada pelos professores responsáveis pela equipe do CEPID NeuroMat, Fernando da Paixão (UNICAMP) e João Alexandre Peschanski (FCL).
Se houver mais de dez pessoas inscritas, serão confirmadas as dez primeiras pessoas inscritas. Há limite de participantes, já que parte do trabalho será realizada no laboratório de computação do CEPID NeuroMat.  Se tiver interesse, comunique comunicacao@numec.prp.usp.br
O treinamento vai das 10h às 18h, nos três dias: 12, 13 e 15 de dezembro.

O endereço do CEPID NeuroMat está disponível em: http://neuromat.numec.prp.usp.br/

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Projeto Wikipédia: última etapa

Oi, pessoal,
A maioria de vocês deixou a entrega do Projeto Wikipédia para esta semana. Não haverá mais laboratório de edição: na quarta e na sexta, voluntários e eu apenas daremos nosso OK para a publicação na página principal.
Isso será feito da seguinte maneira:

* na quarta, a partir das 18h, tanto eu quanto um voluntário estaremos disponíveis para olhar seus verbetes e dar ou não o OK para publicação. Se não conseguirmos dar conta de todas as aprovações entre as 18h e as 19h, continuaremos o trabalho no horário da prova, atendendo aqueles que terminarem a avaliação em sala.

* na sexta, começaremos com a prova e atenderemos aqueles que terminarem a avaliação em sala. Depois das 11:30, seguiremos o atendimento até as 12:30.

Dará tudo certo. Gostei muito dos 43 verbetes aprovados por enquanto. Parabéns!
João Alexandre

domingo, 13 de novembro de 2016

Organização do fim do bimestre

Olá,

Primeiramente, quero aproveitar este espaço para agradecer as gentis mensagens que recebi de muitos de vocês na circunstância incrivelmente sofrida pela qual passei. Sigo ainda muito triste, mas estou pouco a pouco me recompondo. Obrigado.

Em segundo, desculpem-me pela confusão nesse período final de bimestre. Entrei subitamente em licença e estive desconectado de nosso cotidiano acadêmico. Recebi na última semana algo em torno de 200 correios eletrônicos relacionados à Cásper e estou pouco a pouco começando a organizar esse acúmulo de trabalho. Ao que me consta, nenhuma mensagem na Wikipédia ficou sem resposta, pelo que agradeço aos voluntários que nos assessoram.

Em terceiro, passo aqui as seguintes instruções:

* Lembrem-se que só podem publicar seus verbetes com minha autorização ou a de um dos voluntários que acompanham nosso trabalho.
* Tomem muito cuidado com plágio! Podem ser cometidos mesmo sem má fé.
* Nos dias 16 e 18, teremos laboratórios de edição. Muitos de vocês finalizarão, acredito, o trabalho nesses dias. Para os que não conseguirem finalizar o trabalho nesses dias, haverá uma semana a mais de prazo.
* Nos dias 23 e 25, teremos a prova bimestral (será curta!) e, para quem não tiver conseguido acabar o verbete a tempo, farei atendimento para dar o aval para publicação na página principal da Wikipédia.

Ressalto que é preferível que, se possível, se organize para finalizar o Projeto Wikipédia nos dias 16 e 18, em que o acompanhamento de usuários experientes será mais efetivo.

Cancelei a dita tarefa 6 -- A revisão de um verbete realizado por um/a colega sobre bens culturais tombados na cidade de São Paulo --, pois não haverá prazo suficiente para realizá-la. Isso prejudica um pouco a qualidade do resultado final que desenvolveremos, mas como estendi o prazo para a entrega da quinta tarefa, não vejo alternativa. Farei os devidos ajustes na nota final.

Espero que entendam e concordem.

Abraços,

João Alexandre

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Cancelamento do laboratório de edição nesta semana

Queridas e queridos estudantes,
Estou de licença esta semana, por conta de um grave assunto familiar. Por conta disso, cancelei os laboratórios de edição na Wikipédia, previstos para quarta e sexta.
Obrigado pela compreensão.
João Alexandre

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Aula 2 do quarto bimestre

Aqui estão os slides da segunda aula do quarto bimestre. Discutimos determinantes contemporâneos do voto no Brasil.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

GoogleDoc

Oi! Não se esqueçam de preencher a tabela com o link de sua contribuição no Wikivoyage. Falta uma semana! Vocês acham o link aqui: 3JOA3JOB3JOC e 3JOD.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Novos links para textos

Olá pessoal! Por algum motivo, os links de alguns textos deste semestre quebraram (funcionavam quando subi o plano de aula, em agosto). Publico aqui, então, novos links para os textos. Desculpem.

Estado e poder: visão contemporânea
Texto obrigatório:
* Bobbio, Norberto. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. trad. Marco
Aurélio Nogueira, Paz e Terra, 1987, seções “3. O Estado e o poder” (pp. 76-86), “4. O fundamento
do poder” (pp. 86-93) e “7. As formas do Estado” (pp. 113-126). Disponível em:
https://files.numec.prp.usp.br/data/public/7ba191

Texto sugerido:
* Lukes, Steven. O poder: uma visão radical. trad. Vamireh Chacon, Universidade de Brasília,

1980. Disponível em: https://files.numec.prp.usp.br/data/public/495793

A organização do Estado
Texto obrigatório:
* Bresser-Pereira, Luiz Carlos. "Do Estado patrimonial ao gerencial." Letras 222 (2001): 259.
Disponível em: https://files.numec.prp.usp.br/data/public/6b44af

Texto sugerido:
* Evans, Peter. "O Estado como problema e solução." Lua Nova: revista de cultura e política 28-
29 (1993): 107-157. Disponível em: http://goo.gl/oXbxWM

O poder da mídia (talvez não tenhamos esta aula)
Texto obrigatório:
* Ianoni, Marcus. "Sobre o quarto e o quinto poderes." Revista Comunicare 3.2 (2005). Disponível
em: http://goo.gl/8VUdoY 

Texto sugerido:
* Peschanski, João Alexandre e Renato Moraes. “A comunicação democrática, uma utopia real”.
Communicare (2013). Disponível em: https://files.numec.prp.usp.br/data/public/097ecb

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Tarefa 5 do Projeto Wikipédia: criar ou melhorar substancialmente um verbete sobre um bem cultural designado na Wikipédia

Introdução


A tarefa principal do Projeto Wikipédia dos estudantes do terceiro ano de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, disciplina de Ciência Política, 2016, propõe aos estudantes que façam um conjunto de contribuições na enciclopédia eletrônica Wikipédia, com a produção de material confiável e de boa qualidade "enciclopédica" sobre o patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo.

O trabalho deu-se a partir de uma sequência de atividades durante o terceiro e quarto bimestres de 2016, em que, ao mesmo tempo, houve uma apropriação progressiva dos estudantes em relação às ferramentas wiki e uma série de atividades de contribuições pontuais em verbetes da Wikipédia e outros projetos Wikimedia sobre o patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo. O Projeto Wikipédia foi fração importante da avaliação do terceiro e quarto bimestres da disciplina de Ciência Política, na Faculdade Cásper Líbero.

A ideia de contribuir com verbetes sobre o patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo encaixou-se na preocupação acadêmica de: (1) entender as redes de política que permeiam a cidade, em especial as decisões sobre o que é valorizado e os procedimentos de tombamento; (2) desenvolver pesquisa documental sobre a construção histórica e política da cidade; e (3) aproveitar o contexto do projeto para estimular o interesse pela história, arquitetura e memória de São Paulo. Por meio da visibilidade imediata que o resultado desse trabalho desperta, contribuiu-se realmente a melhorar o conteúdo disponível para quem se interessa por bens culturais em São Paulo.

Agradeço aos estudantes do terceiro ano de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero por sua dedicação nessa empreitada. Agradeço à Professora Helena Jacob, coordenadora do curso de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero, o apoio ao projeto, em especial para a produção de documentos formais apresentados pelos estudantes para realizar o trabalho. Agradeço a Célio Costa Filho, David Alves, Rodrigo Argenton e toda a comunidade de editores voluntários na Wikipédia e outros projetos Wikimedia por seu interesse e dedicação na tarefa de orientar e apoiar os estudantes na descoberta da contribuição colaborativa. Agradeço à equipe do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura de São Paulo (DPH) e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), que encampou entusiasticamente a realização desse projeto e contribuiu para pensar e realizar as variadas etapas do trabalho.

Instruções


A proposta da quinta e principal tarefa do Projeto Wikipédia é a contribuição efetiva na Wikipédia, com ou a produção de verbetes novos ou o complemento substancial de verbetes já existentes. Cada estudante ficou responsável por um verbete, que de certo modo "adotou" e pelo qual se tornou responsável. A princípio, estimula-se os estudantes a acompanharem, mesmo depois do curso, se o conteúdo não sofreu alterações ruins e continue melhorando as informações que estão postadas. A temática é, de maneira ampla,o patrimônio histórico e cultural da cidade de São Paulo.

A quinta tarefa do Projeto Wikipédia equivale à maior fatia da nota do quarto bimestre de 2016. A pontuação máxima da tarefa é 5. Sua nota irá de 0 a 5, a depender de se fez o trabalho e quão bem o fez. A nota dessa tarefa será somada à das duas outras tarefas do Projeto Wikipédia do quarto bimestre (a contribuição no Wikivoyage e a revisão da contribuição na Wikipédia feita por outro estudante) e à da prova bimestral.

O prazo máximo para a realização dessa tarefa do Projeto Wikipédia é 16-18 de novembro. O prazo é improrrogável, assim que a recomendação é que o estudante se organize de tal modo a cumpri-lo. Não serão considerados trabalhos feitos após o prazo; isso não é negociável.

Faça todas as suas contribuições estando logad@!

Verbetes designados


A lista dos verbetes e do estudante que ficou responsável por ele está aqui. A designação dos verbetes foi aleatória. A lista foi divulgada no início do terceiro bimestre, para que os estudantes pudessem organizar-se para a pesquisa documental, fundamental para a realização do trabalho, em especial a partir de consulta ao DPH para ter acesso a arquivos de referência.

Eventuais mudanças de verbete foram discutidas individualmente, ou por email ou na página de discussão do curso na Wikipédia. O verbete que vale é aquele que, nos casos específicos em que houve discussão com o professor, foi atribuído na discussão.


Resultado esperado e nota


Haverá cinco notas possíveis.

  • Não pontuará o estudante que não fizer o trabalho até o prazo máximo, improrrogável.
  • Tirará 1,5 sobre cinco o estudante que fizer uma contribuição considerada apenas mínima.
  • Tirará 2,5 sobre cinco o estudante que fizer uma contribuição considerada média.
  • Tirará 4 sobre cinco o estudante que fizer uma contribuição considerada boa.
  • Tirará 5 sobre cinco o estudante que fizer uma contribuição considerada ótima.

Em verbetes não existentes, ou seja, criados do zero, será considerada uma contribuição mínima aquela em que, criada a página, forem inseridas menos de dez linhas de conteúdo, não houver preocupação em inserir sistematicamente referências comprobatórias, não houver evidência de pesquisa, não houver cuidado com o uso do estilo e da linguagem enciclopédica. Abaixo um exemplo de uma contribuição mínima, a página do Museu Memória do Bixigatal qual estava na Wikipédia em 25 de setembro.

Exemplo de página em que se considerará que a contribuição foi mínima no Projeto Wikipédia. Fonte: Histórico do verbete do Museu Memória do Bixiga, na Wikipédia.
Em verbetes não existentes, será considerada uma contribuição média aquela em que, quando criada a página, forem inseridas entre dez e vinte linhas de conteúdo, mas com referências e alguma evidência de pesquisa documental, com problemas de estilo e linguagem enciclopédica, mas com alguma preocupação para a facilitação da leitura por usuários da Wikipédia, como a criação de ferramentas de identificação e vários links para outros verbetes e um esforço de categorizar a contribuição. Abaixo um exemplo de uma contribuição média, a página do Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta tal qual estava na Wikipédia em 25 de setembro. (Notem que há problemas sérios de linguagem e formatação de referências e notas de rodapé. Não há fotografias.)

Exemplo de página em que se considerará que a contribuição foi média no Projeto Wikipédia. Fonte: Histórico do verbete do Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta, na Wikipédia.
Em verbetes não existentes, será considerada uma contribuição boa aquela que fizer pelo menos vinte linhas de contribuição (mais de 15 mil caracteres de conteúdo), com referências em cada parágrafo, evidências de pesquisa documental, uso educacional de fotografias e outras ilustrações, linguagem e estilos adequados segundo os critérios da Wikipédia, facilitação da leitura pelo usuário da Wikipédia (links, títulos, categorias, infobox etc.), mas em que houve problemas na realização e na qualidade final do verbete. Exemplos de bons verbetes são o do Horto Florestal de São Paulo e o do Museu da Casa Brasileira (tal qual estavam em 25 de setembro): o primeiro tem poucas informações bem documentadas e menos fotografias do que se esperaria, o segundo, apesar de ter um texto longo, não traz referências e adota às vezes estilo parcial.

Exemplo de página em que se considerará que a contribuição foi boa no Projeto Wikipédia. Fonte: Histórico do verbete do Horto Florestal de São Paulo, na Wikipédia.
Um verbete considerado ótimo é basicamente um trabalho que cumpre plenamente os critérios estabelecidos acima: tamanho suficiente para a descrição e apresentação do patrimônio cultural, destacando a relevância e o estado de conservação do bem; pesquisa documental e referências (pelo menos uma em cada parágrafo, mas normalmente mais); uso educacional de fotografias e outras ilustrações; linguagem e estilos adequados; facilitação da leitura (links, títulos, categorias, infobox etc.). O céu é o limite aqui, pois entram nessa classificação verbetes como os da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, mas, talvez de maneira mais realista, os do Museu de Anatomia Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e da Biblioteca Mário de Andrade (estes últimos têm alguns problemas, mas cumprem plenamente o que é esperado para um trabalho ótimo). 

Exemplo de página em que se considerará que a contribuição foi ótima no Projeto Wikipédia. Fonte: Histórico do verbete da Biblioteca Mário de Andrade, na Wikipédia.
Nos casos em que o verbete já tiver sido criado e já houver contribuições, a nota será dada a partir de outro método. Se você pegar um verbete mínimo ou médio, sua nota será relativa a quão bem você o transformou em um verbete ótimo. 

Vale notar que avaliar um trabalho desse tipo sempre vai ter um aspecto grande subjetivo, por mais que as indicações acima sirvam de base para uma avaliação mais objetiva. Não há um barema possível, não há uma resposta única esperada -- cada caso será avaliado dentro da situação do caso. De todo modo, fica a dica de que, se quiser tirar uma nota alta, mire uma contribuição ótima. Contarei com o apoio dos voluntários do curso para ajudar a avaliar os verbetes.

Não se esqueça de estar logad@!!!

Em seção abaixo, exponho uma estrutura para os verbetes ótimos, para orientar o trabalho.

Orientações específicas para a contribuição


  1. Esteja logad@! Você fazer sua contribuição com seu nome de usuário é a única maneira que tenho de reconhecer que você de fato fez o trabalho. Se não estiver logad@, porque não poderei identificar seu trabalho, você não pontuará. Também verifique se seus dados no GoogleDoc estão OK: RA, nome de usuário e página de contribuição.
  2. Não publique nada na página principal da Wikipédia, até receber autorização do professor ou de um dos voluntários que acompanham o curso. Faça o trabalho na página de testes, exclusivamente; quando for o momento adequado, pediremos que transfira o trabalho para a página principal da Wikipédia.
  3. Leia os tutoriais de edição da Wikipédia, disponibilizados aqui, especialmente o guia "Wikipédia de A a Z", e treine o quanto puder na sua página de testes.
  4. Não hesite em entrar em contato comigo e com os voluntários que acompanham o curso, por meio da página de discussão do curso, aqui. Assine suas mensagens na página de discussão, usando ~~~~ ao fim das mensagens, para facilitar a identificação.
  5. Insira no fim verbete a marcação {{Cidade de São Paulo}}, que gera um quadro final que consolida o conteúdo disponível sobre a cidade, na Wikipédia. Vou atualizar esse quadro, para que contemple tudo o que foi feito no projeto.
  6. Vigie a página. Quando tiver feito sua contribuição, assinale a opção de "Vigiar página". É comum que novas páginas ou contribuições grandes na enciclopédia levem a intervenções de editores mais frequentes e, até para preservar seu trabalho, verifique que não há edições ruins e acompanhe a evolução de seu verbete. Se tiver algum problema com um usuário "mais experiente", entre em contato comigo ou com um dos voluntários, pois podemos ajudar a tentar resolver uma eventual querela.
  7. Na página de discussão do verbete no qual você está mexendo (o botão "Discussão" aparece do lado esquerdo superior, ao lado do botão "Artigo", no verbete), explique que a edição desse verbete faz parte do Projeto Wikipédia da Cásper Líbero, explique o que você fez no verbete, qual dúvida e, MUITO IMPORTANTE, insira no topo da página de discussão o seguinte código: {{ Verbetes do PWU | disciplina = Ciência Política (João Alexandre Peschanski) | universidade = [[Faculdade Cásper Líbero]] | período = segundo semestre de 2016 | projeto = Projeto Wikipédia da Cásper Líbero, mais informações [https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino:Faculdade_C%C3%A1sper_L%C3%ADbero/Ci%C3%AAncia_Pol%C3%ADtica_(Jornalismo)_(2016) aqui] }} . Esse código vai fazer com que apareça uma vinheta na página de discussão como a que inseri abaixo. Isso é uma forma de gerar mais simpatia de editores mais frequentes da Wikipédia em relação ao trabalho que você fez.
Exemplo de vinheta de identificação de sua contribuição com o Projeto Wikipédia na Cásper Líbero, a ser inserida na página de discussão do verbete com o qual estiver contribuindo.

Fotos


É imprescindível que você insira imagens nos verbetes. A princípio, há duas fontes de imagens recomendadas: as que você mesm@ tirou para a tarefa 3 do projeto ou as que já estão disponíveis na própria Wikimedia Commons sobre o bem cultural com o qual está trabalhando. Não tem impacto na nota se você usar imagens que não foram produzidas por você -- o que importa é que você escolha as melhores imagens para ilustrar o verbete, para fins educacionais e enciclopédicos.

Além do local onde você pôs suas fotos na Commons, aqui, veja essas categorias, aqui, aqui e aqui, onde pode haver imagens de ótima qualidade para ilustrar seu verbete. É recomendável que as fotos usadas para ilustrar o verbete sejam de alta resolução e tamanho grande.

Se você estiver pensando em usar fotos de arquivos ou outros repositórios, o que é ótimo!, deve necessariamente entrar em contato comigo ou com os voluntários do curso, para avaliarmos a possibilidade e orientarmos o processo de inclusão dessas imagens no verbete.

Estrutura do verbete


A expectativa é que o verbete ótimo tenha os seguintes elementos.

(1) Infobox apropriado (há específicos para museus, parques, igrejas e assim por diante)
(2) Texto introdutório em linguagem enciclopédica e de acordo com o livro de estilo da Wikipédia. Aqui aparece a exposição clara e objetiva do bem, além de elementos centrais que justificam sua relevância enciclopédica. Vejam como modelo o texto de introdução do Mausoléu de Gala Placídia.
(3) Seção HISTÓRIA, em que se narram os antecedentes e os variados usos do bem cultural no decorrer do tempo, eventualmente criando subseções para períodos relevantes (ver como exemplo essa seção no verbete da Pinacoteca). 
(4) Seção ARQUITETURA ou CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS, a depender de qual título for mais apropriado, em que aparecem dados como área, número de construções, espaços, detalhes e análises sobre a planta etc. Um ótimo exemplo é a seção "Características do sítio" no verbete Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.
(5) Seção SIGNIFICADO HISTÓRICO E CULTURAL, em que aparecem basicamente as informações sobre a importância do bem cultural, aquilo que provavelmente justificou o tombamento. É também o momento em que todas as informações disponíveis sobre tombamento devem aparecer, indicando ano de tombamento e outras características interessantes do processo de tombamento (Tombamento deve provavelmente aparecer como uma sub-seção aqui).
(6) Seção ESTADO ATUAL, em que se descreve a condição atual do bem cultural, a partir de fontes noticiosas. Isso pode incluir um detalhamento dos usos atuais do bem. Também é importante uma subseção sobre a conservação do bem cultural.
(7) Seção GALERIA, em que fotos interessantes que não foram usadas no decorrer do texto podem ser colocadas: não mais do que seis imagens! Notem a seção de imagens no verbete sobre o Museu de Anatomia Veterinária da USP.
(8) Seção REFERÊNCIAS, em que as referências usadas no decorrer do texto são expostas. (Lembre-se que o sistema gera automaticamente as referências, quando notas são adicionadas ao longo do texto.)
(9) Seção VER TAMBÉM, em que verbetes de interesse na Wikipédia são listados, como o órgão que tombou o bem, outros bens citados no texto, pessoas que têm verbetes e assim por diante. 
(10) A indicação de que há uma categoria específica na Commons para esse bem cultural, usando o comando {{Commons|Category:NOME DO BEM TAL QUAL APARECE NA CATEGORIA DA COMMONS}}. Normalmente essa indicação aparece na seção VER TAMBÉM; veja o exemplo em Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo.
(11) A marcação {{Cidade de São Paulo}} .
(12) As categorias que devem necessariamente aparecer no pé do texto.

Não se esqueça de colocar na página de discussão de seu verbete a etiqueta que o insere no Programa de Educação da Faculdade Cásper Líbero, como expliquei acima.

Os verbetes devem ter pelo menos sete imagens, colocadas de maneira adequada. Se achar que não "cabem" sete imagens no verbete, entre em contato comigo pela página de discussão do projeto.

O link a seguir da própria Wikipédia pode ser útil para identificar aquilo que efetivamente têm de fazer: aqui. São as diretrizes para criar um "verbete perfeito", que é nosso objetivo.

Oficinas de edição


Teremos uma sequência de oficinas de edição no decorrer do quarto bimestre, para que tirem dúvida sobre o trabalho. A ideia é que cheguem a essas oficinas com muito do trabalho feito. Se deixarem para começar o trabalho nesses encontros, não tirarão grande proveito. As oficinas de introdução já ocorreram.



Pesquisa


Não se esqueça que muito do trabalho na Wikipédia depende da qualidade e do esforço da pesquisa. A Wikipédia é tão boa quanto as fontes que referencia. As evidências de pesquisa serão parte importante da avaliação.

Dúvidas?


Lembre-se que eu ou editores voluntários da Wikipédia respondemos na página de discussão no espaço oficial de nosso curso na Wikipédia. Não hesite em nos procurar.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Acesso a processos de tombamento: novo contato

Olá pessoal! Para a parte mais ambiciosa do Projeto Wikipédia, a expectativa é que vocês melhorem substancialmente ou criem verbetes sobre o patrimônio histórico de São Paulo. Para isso, é imprescindível a pesquisa a documentos e arquivos, quando estiverem disponíveis.

O Departamento de Patrimônio Histórico e o Conpresp abrem seus arquivos para recebê-los/as. Mas não são os processos de todos os bens culturais que encontrarão lá. É nosso contato no DPH que será a responsável por orientar cada um de vocês sobre o local onde encontrarão os documentos sobre o bem cultural que lhes foi designado.

Entrem em contato o quanto antes! Copio mensagem que expõe o procedimento da consulta:

Os alunos devem enviar um e-mail para dphpesquisa@prefeitura.sp.gov.br com o assunto "CONSULTA - PROCESSO DE TOMBAMENTO" informando qual bem tombado querem consultar, possível dia e horário. 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Aula 1 do quarto bimestre

Seguem aqui os slides do quarto bimestre, em que organizamos o restante do curso, incluindo o Projeto Wikipédia, e começamos a ver, a partir da leitura do texto clássico de Max Weber, o funcionamento do Estado e as razões da política.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Não editem seus verbetes ainda

Oi pessoal! Não é ainda a hora de editar os verbetes que lhe foram designados na Wikipédia. Isso inclui inserir imagens! Faremos isso no decorrer do bimestre, com cuidado. Toda edição deve ser feita na página de testes, como exposto nas instruções.

sábado, 24 de setembro de 2016

Próxima aula: Estado e poder 1

Bom dia, apenas um aviso, que dei às vezes em sala de que na semana que vem iniciamos nosso bimestre sobre Estado e poder. É um tema clássico da ciência política e começaremos com um dos textos mais clássicos de todo, "Política como vocação", de Max Weber. Acompanhem esta e outras aulas a partir do plano de aula, divulgado no início do semestre.

Estado e política: visão clássica

Texto obrigatório:

* Weber, Max. "A política como vocação", em HH Gerth e CW Mills (eds.), Ensaios de Sociologia, Zahar, s/d. Disponível em: http://goo.gl/miwzSn

Texto sugerido:
* Reis, Fábio Wanderley, “Três temas Weberianos”, Revista Cult, 124. Disponível em: http://goo.gl/ULNYJ6 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Duplas: saída fotográfica

Oi, pessoal! Tenho sido procurado por alunas/os com receio -- justificado! -- em relação à segurança nas saídas fotográficas. Alguns avisos:

1- Montei duplas para a realização dessas tarefas. Entendam-nas como uma base de apoio. Entrem em contato, para que possam fazer as saídas juntos/as.
2- Se não for possível estabelecer um contato ou entrar em acordo de agenda com sua dupla, avise-me, pois poso tentar mobilizar algum voluntário wikipedista para acompanhá-lo/a. Faça esse pedido o quanto antes, na página de discussão.
3- Se sua dupla não for uma alternativa e, apesar de ter feito um contato comigo na página de discussão, não houver a possibilidade de um voluntário te acompanhar, não se coloque em risco.

Entre em contato comigo em caso de dúvida.

Notem que o oficineiro Rodrigo Argenton disse estar disponível para saídas fotográficas. Basta entrar em contato com ele. Vejam mensagem dele, aqui.

Boa sorte!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Tarefa 4 do Projeto Wikipédia: contribuir com o Wikivoyage

Por favor, faça o login com seu nome de usuário, antes de editar no Wikivoyage no contexto de nosso curso. Seu nome de usuário e sua página de contribuições têm de estar salvos nos documentos disponíveis aqui, de acordo com sua turma. Nossa página na Wikipédia está aqui.

Instruções
Feito o preâmbulo -- esteja logad@! --, vamos seguir com nosso Projeto Wikipédia, agora com a melhoria do conteúdo sobre o patrimônio histórico no guia de viagens colaborativo Wikivoyage. Há algumas diferenças em relação ao modo como se edita na Wikipédia. Cada estudante deverá contribuir sobre o bem cultural que lhe foi designado. 
Quatro instruções antes de passar a tarefa:

1- Esteja logad@! É só quando você está com sua autenticação feita que consigo identificar sua contribuição.
2- Leia o material de introdução ao Wikivoyage, disponível aqui, aqui e aqui. Há explicações detalhadas de como contribuir nessa plataforma.
3- Tenha certeza de estar contribuindo no local apropriado. O Wikivoyage organiza-se a partir de bairros (listados abaixo).

4- A realização dessa tarefa equivale a no máximo um ponto e meio dos sete pontos e meio totais que serão dados ao Projeto Wikipédia no quarto bimestre. O prazo máximo para essa tarefa é, para quem está no noturno, 26 de outubro e, para quem está no diurno, 28 de outubro.

A Tarefa 4 consiste na contribuição no Wikivoyage sobre o 
bem cultural que lhe foi designado na página do curso, aqui. As contribuições precisam estar de acordo com as orientações do Wikivoyage.

O objetivo da contribuição é contribuir com a identificação turística do bem cultural que lhe foi designado. São importantes informações como endereço, possibilidades de acesso e outros detalhes de visita. Vejam, por exemplo, as contribuições sobre a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e o Museu de Anatomia Veterinária, na seção Veja sobre Butantã e Morumbi.

Onde contribuir
O Wikivoyage é organizado por áreas da cidade. Sua contribuição será necessariamente na seção Veja em cada uma dessas áreas, abaixo. Tenha certeza de estar contribuindo na área correta. Em caso de dúvida, comunique-se na página de discussão do curso.

CENTRO
Centro Histórico
Higienópolis, Pacaembu, Perdizes e Lapa
Paulista e Jardins
Vila Madalena e Pinheiros
Itaim Bibi, Vila Olímpia, Moema e Vila Nova Conceição
Liberdade e Aclimação
Vila Mariana e Ipiranga
ZONA OESTE
Butantã e Morumbi
ZONA SUL
Brooklin, Campo Belo e Berrini
Santo Amaro, Socorro e Interlagos 
Saúde e Jabaquara
ZONA LESTE
Moóca, Tatuapé e Jardim Anália Franco
ZONA NORTE
Santana, Vila Guilherme e Cantareira

Avise-me na página de discussão do curso, se seu bem cultural estiver em outra área não listada acima.

Como contribuir

1) Verifique que seu bem cultural já não está listado na área de interesse na seção Veja.
2) Se não estiver listado, ao lado do título da seção Veja, clique em "[adicionar item]". Basta preencher todas as informações que conseguir, usando como modelo a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e o Museu de Anatomia Veterinária, na seção Veja sobre Butantã e Morumbi.
3) Se já estiver listado, ao fim da informação disponível sobre o bem cultural haverá uma marcação de "editar". Clique nesse botão e preencha todas as informações que conseguir, usando como modelo a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e o Museu de Anatomia Veterinária, na seção Veja sobre Butantã e Morumbi.
4) Insira uma fotografia, se já não houver uma para o bem cultural que lhe foi designado. Para isso, uma vez listado o bem cultural clique, ao lado da seção Veja, em "[editar código-fonte]". Com isso, terá aberto a página onde se insere o código que gera a página wiki. Ache no código sua contribuição e, logo após o asterisco, insira a imagem, usando o seguinte código: [[NOME DO ARQUIVO|thumb|right|LEGENDA CURTA.]] . Por exemplo, seção Veja sobre Butantã e Morumbi, adicionei a imagem correspondente ao Museu de Anatomia Veterinária, ao escrever: [[File:Museum of Veterinary Anatomy (FMVZ USP) 07.jpg|thumb|right|Museu de Anatomia Veterinária, na USP.]] . A marcação "thumb" indica que quero um box ao redor da imagem (o padrão) e "right" que a imagem deve ficar à direita (o padrão). Use uma imagem que você mesmo/a tirou, preferencialmente.

Dica: para gerar o código da imagem que lhe interessa, veja que o Commons lhe dá uma ajuda. Aqui está a imagem que usei para ilustrar minha contribuição no Museu de Anatomia Veterinária. Veja que logo abaixo do título da imagem (no caso, File:Museum of Veterinary Anatomy (FMVZ USP) 07.jpg), há um menu horizontal, em que aparece o símbolo da Wikipédia e "Use this file". Ao clicar nisso e optando pela opção "thumbnail" surgirá quase perfeitamente o código que precisa ser inserido para gerar a imagem.

Expectativas e prazos
Serão consideradas contribuições de qualidade aquelas que inserirem todas as informações possíveis -- de acordo com a possibilidade de cada bem cultural (há alguns que não são abertos para visitação, por exemplo, e não será exigida a informação de visitação, obviamente).
Receberá nota máxima quem inserir todas as informações possíveis, além de carregar uma foto de ilustração (a não ser em casos em que já haja uma foto). Receberá 0,5 sobre 1,5 quem fizer um trabalho incompleto. Não pontuará quem não fizer o trabalho ou o fizer fora do prazo.
Esta etapa do Projeto Wikipédia equivale a 15% da nota bimestral.
O prazo máximo para a realização desse trabalho é dia 28/10 para o noturno e 30/10 para o diurno. Não serão considerados trabalhos atrasados, em hipótese alguma.

Inserção de link na tabela de controle
Seu link individual de contribuições no Wikivoyage deve ser carregado no respectivo documento de sua turma. O link de contribuições aparece no menu superior, na Wikimedia Commons, quando você está logad@. Verifique o link para sua turma, aqui. (Cuidado: a coluna em que deve ser colocado o link pode não aparecer imediatamente quando abrir o GoogleDoc; está mais à direita, na sequência da página.)

Dúvidas
Todas as dúvidas devem ser tiradas na página de discussão do curso, aqui. Não deixem a realização dessa tarefa para a última hora, pois as dúvidas serão tiradas apenas quando houver tempo suficiente.

domingo, 18 de setembro de 2016

Slides da aula 4

Seguem aqui os slides sobre as bases materiais da desigualdade de gênero. Desculpem o atraso.

Regras eleitorais e eleições

9/18/2016 Novas regras de financiamento e uma tipologia de nossos políticos - 18/09/2016 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo
Novas regras de financiamento e uma tipologia de nossos políticos
BRUNO P. W. REIS
ilustração JANAINA MELLO LANDINI
18/09/2016 02h03
RESUMO O autor, que participou de Seminário Ilustríssima­Cebrap (16/8), expõe sua visão sobre o sistema eleitoral, cujas regras (não apenas as novas, de financiamento) mostram­ se problemáticas. O texto analisa a crise atual, traz sugestiva tipologia da classe política e questiona ainda aspectos da Operação Lava Jato.
Gustavo Gadelha
"Ciclotrama 43 (Impregnação)", de 2016
Depois de vivermos, entre 1995 e 2012, o período mais estável da história política brasileira, com resultados econômicos e sociais relevantes para exibir, iniciamos a campanha eleitoral deste ano num quadro francamente preocupante.
Com a economia estagnada já há alguns anos e a elite política quase inteiramente ameaçada por uma interminável investigação judicial publicamente imbuída do propósito ingênuo de "passar o país a limpo", o Congresso Nacional, sob a batuta de um inimigo do governo, derivou ao longo de 2015 (e depois obstinou­se em 2016) rumo à consumação de
um impeachment presidencial profundamente contestado, que aguçou de maneira dramática uma polarização política que já vinha se agravando lentamente desde 2006.
Neste momento, as perspectivas são de incerteza não só quanto à dinâmica eleitoral no curto prazo mas também quanto ao vigor da eventual recuperação econômica no futuro próximo, quanto à recomposição de alguma clivagem política estável, quanto à capacidade do sistema partidário prosseguir como fiador eleitoral e organizador do jogo parlamentar e, de maneira mais remota, até mesmo quanto à própria sobrevivência da ordem constitucional vigente.
Como viemos parar aqui? A narrativa predominante parece apontar o dedo para os vícios de uma elite política corrupta, propensa a uma relação predatória com uma sociedade que, passiva, a sustenta com seus impostos, e, desinformada, com seus votos.
Nesse relato, a existência desses políticos parece saída do nada, talvez de alguma propensão atávica dos brasileiros para a vigarice. Ocorre, porém, que as estratégias dos políticos não são exógenas ao sistema institucional. Afinal, toda a elite política é rotineiramente selecionada em eleições periódicas, e, sendo assim, suas características, bem como os traços básicos do quadro partidário, não apenas decorrem das regras das eleições, mas são continuamente reforçadas por sua reiteração a cada ciclo. Os vencedores de ontem têm influência reforçada na seleção dos candidatos (e dos vencedores) de amanhã; os métodos que os elegeram ontem serão aprimorados amanhã etc. Insistir na tese da crise moral é antes sintoma de perplexidade intelectual, e nos condena à resignação, ajudando a eternizar nossos males.
Já há uns 20 anos a ciência política brasileira tem mostrado que, apesar do grande número de partidos representados, o sistema político brasileiro seria relativamente funcional na operação do Congresso Nacional, com plenários predizíveis a partir de alinhamentos partidários, maiorias viáveis construídas com os recursos institucionalmente disponíveis para a Presidência da República e uma rede de instituições de controle cada vez mais apta a vigiar a conduta dos protagonistas.
Contra certa ortodoxia vigente até ali, o caso brasileiro mostrou, pelo menos por duas décadas, que um regime presidencialista multipartidário pode, em princípio, ser viável, ainda que isso talvez exija uma concentração excepcional de responsabilidades na Presidência da República. Por mais que nosso presidencialismo de coalizão possa mostrar­se operacional em vários aspectos, porém, é preciso admitir que nosso sistema eleitoral é de fato atípico, pela presença de uma conjunção bastante específica de características, e não por acaso termina por ocupar o cerne da face mais estrutural da crise.
Em primeiro lugar, adotamos um sistema proporcional com listas partidárias não ordenadas em distritos de grande magnitude (distritos únicos nas assembleias legislativas e nas câmaras municipais, e bancadas estaduais de até 70 membros na Câmara dos Deputados). São raros os países com representação proporcional que não ordenam previamente (ainda que de maneira flexível) suas listas partidárias. Quando o fazem, ou têm distritos pequenos (como o Chile, que acaba de elevar a magnitude média de seus distritos de 2 cadeiras para próximo de 5) ou são países de população pequena (como a Finlândia, que tem 5 milhões de habitantes e ainda distribui a representação em 15 distritos com 6 a 21 deputados, exceto Helsinque, com 35).
Assim, a experiência de nossas eleições para câmaras e assembleias legislativas, disputadas por centenas ou mesmo milhares de candidaturas individuais, em distritos com milhões de eleitores, é peculiar ao Brasil. Esse já é, por si só, um cenário precariamente governável pelos tribunais eleitorais, que serão forçados a exercer controles das contas das campanhas (individuais, centenas delas) apenas por amostragem ou denúncia.
Mas a natureza atípica do nosso sistema eleitoral se completa com uma grave anomalia na regra do financiamento das campanhas: só no Brasil o teto para o doador é um percentual de sua renda.
TETO
Cerca de 40% dos países impõe algum teto às doações. Nesses casos, ou o teto é um valor nominal (em moeda sonante ou unidades fiscais), ou ele é um percentual (tipicamente baixo, de 2 a 5%) do teto nominal de gastos autorizados na eleição. Em ambas as modalidades há um valor nominal para o teto vigente em cada eleição, o que impõe uma pulverização significativa das fontes de recursos.
Já nossos tetos percentuais tendem de fato a concentrar as fontes –pois acabam incidindo, concretamente, sobre o pequeno doador. Dinheiro importa em qualquer eleição, claro. Mas, em nosso peculiar cenário de candidaturas individuais pulverizadas, seu peso é magnificado.
Na massa anônima de candidaturas individuais semi­invisíveis, o candidato que já não tiver um reduto (social ou geográfico) prévio, ou que não seja uma celebridade exterior à política, vai precisar basicamente de muito, mas muito dinheiro para operar a saturação publicitária necessária para fazer do seu número um "top of mind" entre os eleitores na hora de votar.
Gui Gomes
"Labirintos Rizomáticos Série II C ­ Vermelho" (2015)
Se nesse sistema hiperpovoado de candidaturas ainda concentramos as fontes viáveis de financiamento relevante, terminamos por produzir um fenômeno muito atípico: tomamos um quadro em que a experiência internacional tende a exibir meia dúzia de candidatos disputando milhares de doadores, e produzimos um quadro, único, em que milhares de
candidatos disputam meia dúzia de doadores potencialmente relevantes. Pulverizamos a demanda e concentramos a oferta de financiamento.
Além da vantagem até mnemônica que a lista aberta em distritos grandes por si só concede à candidatura com mais dinheiro, ainda acrescentamos sobre isso uma forte concentração de influência política em poucos, grandes financiadores. Damos uma vantagem insuperável a quem conta com financiadores poderosos (ou a candidatos que já sejam milionários), num sistema precariamente governável pelos tribunais eleitorais e fortemente inflacionário pela competição entre centenas de candidaturas individuais.
Só por milagre não produziríamos um jogo cada vez mais corrupto. Mas, nesse enquadramento, a corrupção resultante não é um atributo intrínseco aos políticos, como se eles fossem marcianos que do nada se materializassem a cada quatro anos em nossos mandatos eletivos. Se considerarmos que a seleção da elite parlamentar é endógena ao sistema político, vemos que, mais que proteger a sociedade contra políticos bandidos, precisamos mesmo é blindar o sistema político contra a face mais bruta –e monetizada– do conflito de interesses na sociedade.
Diferentes regras eleitorais vão, como se sabe, produzir diferentes vencedores. E nosso sistema tem um viés de seleção adverso, peculiarmente sensível ao gasto de campanha, que favorece o poder de candidatos ricos ou de grandes financiadores, induzindo a ascensão de candidaturas dóceis a esses interesses. Ou corrompidos, se quisermos alargar o sentido do termo para além de sua tipificação legal.
Infelizmente, a proibição recente das doações por pessoas jurídicas deixou de tocar no cerne de nosso problema.
Mesmo sem as empresas, nossas superpovoadas eleições de deputados e vereadores continuam a ser concursos de "top of mind", profundamente dependentes de saturação publicitária (e portanto de dinheiro), precariamente fiscalizáveis, politicamente ininteligíveis e –ainda– fatalmente capturáveis por grandes financiadores, mesmo que sejam pessoas físicas. E continuarão assim enquanto o sistema eleitoral tiver candidaturas individuais em distritos de tamanha magnitude e população, e enquanto a origem das doações estiver concentrada pelo infame teto brasileiro –um percentual da renda do doador.
Com a exclusão das empresas, os gastos agora vão diminuir, mas não há muitas razões para esperar que diminua a relação entre gasto e voto, favorecida por nosso intocado sistema eleitoral. E, mais que o volume de gastos, essa relação é o que importa, pois indica o peso do dinheiro na definição do resultado eleitoral. Mas há outros motivos de preocupação, talvez mais graves. A coincidência entre a supressão das doações por empresas, que está produzindo considerável escassez de recursos nas campanhas, e o enfraquecimento (pela Lava Jato) do peso da identificação partidária na indução do voto tende a produzir um cenário de baixa identificação partidária, favorecendo aventureiros milionários e, pior ainda, o crime organizado estritamente considerado: o tráfico de drogas e de armas, milícias, bicheiros etc.
Isso sequer dependeria de esses atores perceberem ou não uma oportunidade na atual conjuntura. Esse submundo sempre está presente, em escala mais ou menos reduzida, nos bastidores de algumas campanhas, nas franjas do sistema de representação.
Num contexto, porém, em que mesmo doações legais foram tomadas como prova de crime, a retração dos doadores tende a ir além da proibição das empresas, e muitos doadores tradicionais evitarão correr esse risco, mesmo como pessoas físicas. Se o dinheiro subitamente se torna escasso, mas não há razões para esperar que ele se torne menos importante para o resultado, quem restar na cena como fonte de dinheiro tenderá a ter sua influência aumentada. E quem será temerário o bastante para aceitar o risco de ir para a cadeia por corrupção ativa? Infelizmente, talvez quem já esteja implicado em crimes mais graves, como homicídio ou tráfico.
TIPOLOGIA
Como partidos são organizações, e têm incorrido em práticas ilícitas no financiamento de suas campanhas eleitorais, nossos procuradores, juízes e a imprensa têm recorrido à expressão crime organizado, me parece, com excessiva liberalidade para se referir aos implicados na Lava Jato. Pelas razões expostas no parágrafo anterior, porém, penso haver matizes importantes a serem observados neste artigo, e sugiro distinguir os políticos em cinco categorias no que diz respeito à sua relação com a moralidade, a lei e, ocasionalmente, práticas criminosas.
1. Os incorruptíveis, que não apenas seguem a lei, mas se recusam até mesmo a se permitir conveniências como indicações legais de aliados para empregos e favorecimentos diversos. Operam apenas no plano do embate de ideias e, aristocraticamente, desprezam clientelismos e fisiologismos. Improvável que pareça, essas pessoas existem. De um ponto de vista democrático, porém, chegam a ser indesejáveis, pois nenhum eleitorado pode controlá­las, já que são desapegadas do poder, e terminam por serem maus representantes da vontade alheia, já que só fazem o que elas mesmas acham certo. Seja como for, perdem eleições. Poderemos ignorar essa categoria sem muito risco de comprometermos a tipologia.
2. Atores politicamente engajados, partidários, estrategicamente atuantes em favor de seu partido ou sua causa, mas nos limites estritos da lei. Promoverão os interesses de aliados, ocasionalmente bancarão indicações para cargos e empregos. Aceitarão, em suma, o jogo fisiológico se for preciso, mas não incorrerão em ilegalidades. Jogam o jogo, mas seu limite é a lei. Nunca é demais lembrar: fisiologismo não é igual a corrupção.
3. Categoria média, tipo médio e, com toda probabilidade, predominante. Joga o jogo com realismo cru, e trata de ganhar. Lança mão, para isso, do que for preciso. Admite, para tanto, recorrer a ilegalidades. Compactua com atos ilícitos, e vez por outra incorre neles pessoalmente. Mas sua prioridade ainda é política: está na luta, comprometida com ela, e quer vencer. Talvez nem se lembre mais exatamente qual era sua causa no início de tudo. Mas profissionalizou­se, sabe seu lado, reconhece e cumpre seus compromissos, promove seus aliados, e luta pelo poder. Tipicamente, um conservador –senão na plataforma, no estilo: acima de tudo, sua prioridade é preservar sua posição no sistema político a longo prazo, se possível para a vida toda. Acomodatício, cultiva aliados e evita riscos desnecessários.
4. O larápio. Originariamente um político, mas quer ficar rico, e se utiliza do poder para faturar. Não perde uma chance de embolsar, admitindo até mesmo o risco de arcar com algum prejuízo político, algum desgaste na reputação, se a grana compensar. O arquétipo do corrupto.
5. O testa de ferro do crime organizado. Sua preocupação não é, talvez jamais tenha sido, prioritariamente política. Não é um político que eventualmente se corrompeu. É um criminoso (ou um cúmplice de criminosos) que foi à política para promover os interesses da atividade criminosa. Seus compromissos residem antes na organização criminosa que no partido. Tem inimigos, mais que adversários, e os confronta com destemor peculiar. Agressivo, aceita riscos políticos maiores que os demais, porque sua rede de proteção reside fora da política. Preocupa­se pouco com a segurança de sua posição a longo prazo. Tende a ser corrosivo para o sistema político, ocasionalmente desestabilizador.
Os tipos 3,4 e 5 praticam crimes. Talvez organizadamente. Mas, representante do crime organizado, propriamente dito, com todo seu potencial destrutivo para a ordem política e social, é o último. Todos eles devem ser contidos e, caso processados e condenados, devem ser punidos, na forma da lei.
Devemos apenas cuidar de evitar que, ao enchermos as cadeias com 3, terminemos por encher os plenários legislativos com 5. O 2 é, em princípio, um cumpridor da lei, embora
ultimamente corra certo risco de ver seu critério de definição de legalidade reinterpretado ("ex post") por algum procurador ou juiz especialmente obstinado. Pode acabar por descobrir­se confundido com 3 ou 4 –ou mesmo 5.
Também por tudo isso, pode­se dizer que a condução da barganha parlamentar, mesmo a dita fisiológica (e dentro dos limites de sua presumível legalidade) é uma responsabilidade da chefia do governo. Se deixar esse mercado correr solto, a Presidência abre o campo para algum aventureiro (talvez do pior tipo) se imiscuir e constituir­se como fonte alternativa –e predatória– de patronato político.
Além do erro de julgar­se acima dos efeitos da Lava Jato e da condução temerária da economia, Dilma Rousseff foi derrubada também por sua relutância em compreender, aceitar, respeitar e, assim, qualificar­se a conduzir esse jogo. A certa altura, viu­se em posição vulnerável em todos os flancos: na economia, na opinião pública e também no Congresso. Ficou ao sabor das tempestades. Sua debilidade encorajou seus adversários (sobretudo os internos) a irem em busca de uma oportunidade de se livrarem dela. E subitamente nos vimos de novo lançados num velho Brasil onde a interrupção de mandatos era antes a regra que a exceção.
A queda da presidente é o evento mais espetacular da crise. Do ponto de vista de um diagnóstico, porém, o impeachment é o aspecto mais fortuito, intrinsecamente imprevisível com antecedência, e em princípio atribuível a uma vasta convergência de circunstâncias relativamente independentes entre si. Nesse enquadramento, ele é antes um grave subproduto da crise mais estrutural, com a qual convivemos já há alguns anos, e que tem na Lava Jato sua principal manifestação: um choque duradouro, potencialmente catastrófico, entre o paulatino fortalecimento das instituições de controle desde 1988, de um lado, e as práticas induzidas pelo sistema eleitoral, do outro. E é preciso o devido senso de perspectiva no exame desse choque.
SEM VITÓRIA
Sim, o combate permanente à corrupção é um traço indispensável ao Estado de Direito. Mas, justamente por isso, é preciso ter em mente que ele não se presta a vitórias cabais, pois –embora possa sempre ser reduzida– a corrupção não pode ser erradicada. Pois a lei deve arbitrar nossas disputas, e sempre haverá interessados que estarão dispostos a burlar a lei para evitar eventuais derrotas. Assim como não há programa antivírus que possa erradicar todo vírus de computador, tampouco haverá legislação ou procedimento aptos a erradicar a corrupção.
O combate à corrupção é tarefa permanente do Estado, e a longo prazo seu sucesso decorrerá de contínuo e paciente aperfeiçoamento burocrático, com a fixação de rotinas de controle e a permanente detecção de novas práticas ilícitas.
Operações ambiciosas de limpeza abrupta tenderão antes a se mostrar contraproducentes a longo prazo, pela fixação de precedentes talvez insustentáveis, pela insegurança jurídica decorrente e, no limite, pela própria desestabilização política eventualmente induzida. Pois é a vigilância mútua produzida pela competição partidária, corrupta que seja, que ironicamente constitui a base sobre a qual se assenta a cristalização institucional e a consequente autonomização burocrática hoje exibidas pelas instituições de controle.
Petistas vigiando tucanos e tucanos vigiando petistas constituem um lastro político fundamental para as instituições de controle. Nossos bravos procuradores, juízes e delegados, ao buscarem limpar o sistema, zerar o jogo, inspirados pelo combate à máfia (de onde se importou a metodologia da delação premiada), estão serrando o próprio galho político­institucional sobre o qual se apoiam. E, em caso de desestabilização mais aguda da disputa política, é quase certo que o sistema saia pior na outra ponta. Logo, seria importante evitar o naufrágio ao tentarmos consertar o navio.
Para tanto, é muito importante a preservação de um quadro de referências partidárias minimamente estável. Por mais difícil que seja a constituição das maiorias necessárias, sistemas eleitorais se mudam numa penada, por votação no Congresso. Sistemas partidários, porém, não se criam por decreto, antes decantam ao longo de décadas –se tudo der certo. E constituem um lastro social fundamental da estabilidade de uma democracia, na medida em que organizam a competição eleitoral e propiciam uma elite política interessada na manutenção do regime. O nosso, com seus vinte e tantos partidos no Congresso, já não é uma maravilha, mas é o que temos.
O traço mais preocupante do cenário atual reside no fato de que hoje a maioria da população ficaria feliz em mandar todos embora, e que uma vasta fatia dos melhores e mais preparados quadros de nossas agências de controle esteja cotidianamente empenhada, de modo metódico, disciplinado, sincero e patriótico, em produzir, inadvertidamente, o pior resultado possível.
BRUNO P. W. REIS, 51, é professor de ciência política na Universidade Federal de Minas Gerais.
JANAINA MELLO LANDINI, 41, arquiteta e artista plástica, está em cartaz na coletiva "Intervenções Urbanas Bradesco ArtRio", no Museu da República, no Rio, até 2/10.
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