sábado, 29 de março de 2014

Escaladas bélicas e teoria dos jogos: os casos do Irã e da Crimeia

A teoria dos jogos, um dos eixos da teoria da escolha racional, é especialmente utilizada para entender e até prever interações entre países. A situação mais corriqueira é a análise de situações de conflito, especificando os interesses de cada ator neste. Vale lembrar que o momento de "boom" dessa teoria foi justamente a Guerra Fria, no cenário de tensão permanente entre dois superpoderes geopolíticos.
Recupero abaixo um link para uma matéria de um jornalista do Estado de São Paulo, o Guga Chacra, sobre o xadrez internacional em torno do Irã, escrita em 2009. O texto ressalta o caráter "preditivo" dos jogos estratégicos. Leia aqui
A tensão na Ucrânia, no que diz respeito à anexação da Crimeia pela Rússia, foi também investigada à luz da teoria dos jogos. Uma conclusão bastante preocupante foi apresentada pelo analista Tyler Cowen, em The New York Times (aqui). Ele diz que há potencialmente dois equilíbrios (de Nash) nas relações internacionais: paz global ou escalada bélica. A situação na Ucrânia, que poderia levar a uma perda de confiança na solução diplomática de conflitos internacionais, poderia contribuir com essa escalada, quiçá desencadeá-la. A análise de Cowen, da qual copio trechos abaixo (em inglês), se sustenta em um raciocínio teórico apresentado pioneiramente por Thomas C. Schelling, laureado do Nobel em 2005.

Trecho do artigo "Crimea Through a Game-Theory Lens", de Tyler Cowen, em The New York Times, 15 de março de 2014. Fonte: www.nytimes.com

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