sexta-feira, 27 de março de 2015

Quando os mais fracos têm vez: a interação estratégica entre um líder fraco e oponentes fortes, o caso do Haiti

No artigo neste link aqui (em inglês), utilizo os insights da teoria da escolha racional para entender a consolidação do poder do ditador haitiano François Duvalier, no Haiti, nos anos 1960 e 1970. A questão que me coloco é: como foi possível que um político que não era poderoso, pelo menos não tanto quanto a soma de poder de seus oponentes, que controlavam setores importantes do exército, foi capaz de vencer seus oponentes e estabelecer um regime autoritário centralizador? Por que os oponentes não colaboraram e o eliminaram antes, se ele era uma ameaça?


Vocês verão que há toda uma discussão matemática (formal) envolvida para indicar a probabilidade de jogadores não colaborarem quando estão ameaçados, mesmo quando a colaboração é a única forma possível de vencer o jogo. As regras do jogo estratégico aqui levam em consideração duas características que não encontramos no Dilema do Prisioneiro, tornando-o de certo modo um jogo menos simples: um ambiente onde as informações são incertas e há sequências de ações (jogador 1 tem a primeira rodada, daí é a vez do jogador 2).

Abaixo, a representação formal desse jogo estratégico, no formato conhecido como "jogo estendido".

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